quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Museu do Índio teme desalojo e exige direitos frente ao Estado
Museu do Índio teme desalojo e exige direitos frente ao Estado Os povos acupantes do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, alertam para a ameaça de serem desalojados e que seja demolido o prédio do Museu do Índio, tombado em 1997, devido à especulação imobiliária e às obras da Copa. Reivindicam o direito de gerir com autonomia a memória e a cultura indígenas, neste prédio onde residiu Marechal Rondon, fundador do SPI (primeira versão da FUNAI). Excelentíssima Senhora Presidenta da República, Nós, os indígenas do Brasil, sempre estivemos à margem da sociedade brasileira, apesar de um dia termos sido donos desta terra, desde as colonizações vimos lutando e reivindicando por nossos direitos a terra, assim como, pela educação e saúde, pelos direitos de ir e vir e o de nos manifestarmos por meio de nossa rica cultura, para que pudéssemos viver com dignidade, como seres humanos e acima de tudo, como cidadãos legítimos deste país. Sempre que chegamos às grandes cidades, como Manaus, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, dentre outras, enfrentamos grandes dificuldades para nossa sobrevivência, pois a discriminação é visível e nos impede de competirmos como os outros cidadãos no mercado de trabalho. Não há espaço para todos os 35.000 indígenas, que atualmente vivem aqui no Rio de Janeiro. No dia 20 de outubro de 2006, indígenas de diversas etnias como: Pataxó, Guajajara, Apurinã, Tukano, Guarani, Xukuri-Kariri, Xavante, Tikuna, Tupi Guarani, Fulni-o ,Potiguar decidimos zelar pelo espaço do original Museu do Índio, localizado à Rua Mata Machado, nº 126, cujo acesso atual é feito pela Av. Radial Oeste, em frente ao Estádio Mário Filho (Maracanã), no Rio de Janeiro, o qual se encontra em total estado de deterioração e abandono desde 1977. Ressaltamos que até a data da nossa decisão, o casarão era moradia de mendigos e esconderijo de marginais de toda espécie. Desde então, este local transformou-se; além de nossa moradia em um centro cultural (www.centroculturalindigena.jimdo.com) onde desenvolvemos trabalhos educacionais e sociais, inclusive com projetos aprovados por diversos órgãos, divulgando à sociedade brasileira, a nossa verdadeira cultura indígena, como a nossa arte, hábitos, culinária, crenças, cantos, danças, grafismos, e toda a oralidade ainda em uso em nossas florestas, sem intermediários. Todo este trabalho visa alcançar os seguintes objetivos: - Mobilizar a sociedade brasileira ao respeito e apoio aos nativos deste país; -Fortalecer a educação nacional, erradicando estereótipos e elimi nando preconceitos; -Fazer valer a Lei 11645/08 promulgada no Governo do Presidente Lula que torna obrigatório o ensino da história e cultura indígena nos currículos escolares; -Divulgar o conhecimento da medicina ancestral, costumes, esportes, etnografia, rituais, dentre outros; -Integrar harmoniosamente indígenas e sociedade sem perdas de culturas e valores; - Apoiar a formação universitária de profissionais para melhor assistir às suas aldeias. Temos muita convicção de que este casarão é o espaço mais adequado de referência e assistência aos povos originários, no Rio de Janeiro, pois além de estarmos desenvolvendo nele um maravilhoso trabalho, sabemos de sua importância como marco da museografia e sua enorme influência nacional e internacional, bem como do seu tombamento em 1997. Também neste local, residiu o Marechal Cândido Rondon, fundador do Serviço de Proteção Indígena (SPI), serviço este que deu origem a FUNAI. Por outro lado, estando localizado junto ao Estádio Mário Filho (Maracanã), ponto de destaque da malha urbana do bairro Maracanã, referência arquitetônica para a cidade, este casarão após reforma poderá tornar-se em importante pólo revitalizador para esta região. Portanto a nossa expectativa e desejo são pelo reconhecimento da grandiosidade do trabalho que vem sendo realizado e da valorização deste patrimônio histórico sob a forma de reforma do casarão que se encontra em ruínas. Com isso, obteremos a estrutura adequada ao prosseguimento dos nossos projetos culturais e educacionais e poderemos continuar apoiando os indígenas urbanos e os em trânsito de suas aldeias que estudam e sobrevivem na cidade do Rio de Janeiro, que não contam aqui com o apoio da FUNAI. Atualmente, nos encontramos muito a preensivos com as obras de adequação do Estádio Mário Filho (Maracanã) para atender aos jogos da Copa do Mundo em 2014, e pela especulação imobiliária do entorno que vem sendo constantemente ventilada na imprensa, sentindo-nos pressionados e preocupados em sermos expulsos do referido casarão a qualquer momento, pois sabemos que existe uma grande expectativa dos organizadores e patrocinadores do evento da Copa em demolí-lo, e transformá-lo em estacionamento ou shopping. Perguntamos: Como pode ser demolido um imóvel do Patrimônio Histórico, tombado em 1997? Como ficaremos, nós os indígenas ocupantes deste espaço? Sem moradia e sem poder dar assistência aos nossos irmãos que transitam das aldeias pra cá? Por todos estes aspectos, vimos portanto, através desta, pedir à Excelentíssima Sra. Presidenta da República Sra. Dilma Rousseff, Ministros de Estado , Parlamentares de Estado, Parlamentares de estados e municípios da Cidade do Rio de Janeiro, que nos ajudem a fazer valer o direito de permanecer e dar continuidade ao nosso trabalho no original Museu do Índio, otimizando e revitalizando este centro de referência nacional, em espaço educacional e cultural dos povos originários do Brasil, transformando-o num autêntico ponto de referência cultural da cidade do Rio de Janeiro, possibilitando-nos preservar a cultura e originalidade deste espaço, a fim de afirmarmos a identidade de nosso país, sem discriminação, violência, e com igualdade social e respeito aos antigos donos do país. Vida longa aos povos indígenas do Brasil!!! Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2011 Atenciosamente, Carlos Tucano Aldeia Maracanã (Centro Cultural Indígena) Etnias: Pataxó, Guajajara, Apurinã, Tukano, Guarani, Xukuri-Kariri, Xavante, Tikuna, Tupi Guaran i ,Fulni-o ,Potiguar |
terça-feira, 18 de outubro de 2011
ENTREVISTA COM MILTON SANTOS (5 PARTES)
Tumultos em Londres
Entre a violência juvenil e revolta social
Atos de vandalismo ou reação dos excluídos do mundo globalizado? Crimes de gangues ou reflexos da crise financeira que afeta toda a Europa? Uma semana depois, especialistas ainda tentam explicar as razões para os cinco dias de tumultos que tomaram conta de Londres e outras cidades da Grã-Bretanha.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Entre os dias 6 e 10 de agosto, os ingleses viveram os maiores distúrbios de rua desde confrontos ocorridos em Brixton, em 1995. Grupos de jovens atearam fogo em prédios e veículos, saquearam lojas e enfrentaram a polícia com bombas caseiras.
A onda de violência deixou cinco mortos. Milhares de pessoas foram detidas e mais de mil suspeitos indiciados por crimes. Os prejuízos causados às cidades são estimados em 200 milhões de euros (aproximadamente R$ 460 milhões).
O estopim foi a morte de Mark Duggan, um homem negro de 29 anos e pai de quatro filhos. Duggan foi morto a tiros por policiais em Tottenham, região norte de Londres, em 4 de agosto. Segundo a polícia, ele estava armado e teria reagido à prisão quando entrava em um táxi.
Em protesto, cerca de 120 pessoas fizeram uma marcha no dia 6 de agosto. Entre os manifestantes estavam parentes de Duggan, que pediam a apuração do caso. A marcha, que começou pacífica, terminou com ações de vandalismo promovidas por grupos de adolescentes. Eles atacaram bancos, lojas e prédios, queimaram veículos, realizaram saques e enfrentaram a Polícia Metropolitana de Londres (a Scotland Yard).
Entre 7 e 10 de agosto, os ataques se espalharam por outros bairros, como o Oxford Circus, importante centro turístico, e cidades como Birmingham, a segunda maior do país. De acordo com a imprensa londrina, a falta de uma resposta mais enérgica da polícia, que inicialmente tratou o caso como isolado, teria agravado a crise.
Para organizar os protestos, os rebeldes usaram redes sociais, como o Twitter e o Facebook, celulares e smartphones. O programa BlackBerry Messenger (BBM), que permite o envio gratuito de mensagens codificadas (impedindo o rastreamento pela polícia), foi a “arma” mais eficaz dos ingleses. O uso de novas tecnologias vem ganhando destaque entre as populações mais jovens em revoltas como a chamada “primavera árabe”, em curso em países no Oriente Médio desde o começo do ano.
A reação do governo britânico foi reforçar a segurança em regiões mais críticas com 16 mil policiais. No Parlamento, um debate entre partidos tentou explicar as causas da violência. Para o primeiro-ministro David Cameron, os tumultos foram causados por gangues de jovens e ladrões oportunistas, sem qualquer intenção política ou conotação social.
Globalização
Para especialistas, entretanto, existem outras explicações para o caos nas ruas de Londres, de cunho econômico, social e étnico.
O processo de globalização, dizem, ao mesmo tempo em que conectou as finanças e os mercados mundiais, relegou classes desprivilegiadas na Europa, sem acesso a bons empregos e às comodidades do capitalismo moderno.
Em vários países europeus, nos bairros de minorias étnicas e imigrantes, com altos índices de desemprego e criminalidade, as famílias vivem na dependência do Estado de bem-estar social.
Essas regiões se tornam, por vezes, cenários de violentos protestos. Foi o que ocorreu, por exemplo, em 2005 na França. Uma série de revoltas promovidas por jovens de origem muçulmana do Norte da África durou dois meses e levou o governo a decretar estado de emergência em Paris.
A crise econômica internacional de 2008, que afetou a Europa, teria agravado a situação da população mais carente. Para enfrentar a crise, o governo britânico adotou medidas de austeridade que atingiriam famílias beneficiadas com programas do Estado, nas quais jovens já conviviam com a falta de perspectivas de emprego. Em países como Grécia e Espanha, também afetados pela recessão, estudantes foram às ruas para protestar contra o governo.
Outro fator apontado é o abuso da Polícia Metropolitana. Um dos casos mais conhecidos foi o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes, em 2005. Ele foi confundido com terrorista pela polícia no metrô, duas semanas após um atentado que vitimou 52 pessoas.
Tottenham, onde começaram os protestos, possui uma das maiores populações de imigrantes da África e do Caribe. A comunidade vive em constante tensão com a polícia, o que já motivou distúrbios em 1985.
A polícia e o governo estão corretos a respeito da participação de criminosos comuns e gangues nos tumultos na capital. Porém, não há como desprezar os problemas econômicos, culturais e sociais que estão enraizados em bairros da periferia, à espera de soluções por parte da comunidade europeia.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Lixo Espacial
Detritos em órbita oferecem risco à exploração do espaço
José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
O lixo resultante da ação humana não polui somente terra, ar e oceanos. Desde que o primeiro satélite artificial entrou em órbita, há mais de meio século, os detritos espaciais acumulados em órbita do planeta se tornaram um problema para a vida na Terra.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Estima-se que mais de 19 mil objetos maiores de dez centímetros, além de outros 500 mil menores, compõem uma nuvem de lixo espacial ao redor da Terra. Eles provêm de foguetes e satélites desativados, fragmentos de naves e até ferramentas usadas por astronautas.
Os riscos de um destes objetos cair na Terra e atingir uma pessoa são remotos. Porém, os detritos podem colidir com satélites em operação e missões tripuladas, prejudicando a exploração do espaço.
Segundo a Nasa (agência espacial dos Estados Unidos), cerca de 200 entram na atmosfera terrestre todos os anos e se desintegram após entrar em combustão. Alguns, no entanto, podem atingir o planeta. Foi o que aconteceu no dia 24 de setembro, quando restos de um satélite desativado caíram no Oceano Pacífico.
O UARS (Satélite de Pesquisa de Alta Atmosfera, na sigla em inglês) foi lançado em 1991, pelo ônibus espacial Discovery, com a missão de estudar a camada de ozônio. Ele foi “aposentado” em 2005, após ficar sem combustível. O satélite tinha o tamanho de um ônibus e pesava seis toneladas, sendo o maior a retornar à Terra em três décadas.
Na reentrada da atmosfera, o UARS se esfacelou. Mesmo assim, cerca de 500 kg de peças chegaram até o oceano.
Os cientistas haviam avisado que as chances de fragmentos atingirem áreas povoadas eram remotas. A razão disso é que 70% do planeta é coberto de água, sem contar as regiões desérticas.
De acordo com a Nasa, não há registros de ferimentos causados pela queda de detritos vindos do espaço. O único caso conhecido de uma pessoa atingida por entulho espacial aconteceu em 1997. A americana Lottie Williams foi alvejada no ombro por um pedaço de foguete, sem sofrer ferimentos.
O lixo espacial é produto do avanço tecnológico. Satélites de telecomunicações, mapeamento por GPS e previsão meteorológica possuem um tempo de vida útil que pode ser de até uma década. Após serem desligados, são deixados em órbita, devido ao alto custo de resgatá-los para governos e empresas. Tornam-se “ferro-velho” no espaço.
No começo do mês, um relatório do Conselho Nacional de Pesquisa alertou para os perigos do aumento de detritos, o que poderia danificar espaçonaves e satélites em funcionamento.
Acidentes
Apesar de nenhuma tragédia ter acontecido, incidentes ocorrem com certa regularidade. Em 1996, o satélite militar francês Cerise foi praticamente destruído por um pedaço de metal proveniente de um foguete lançado dez anos antes. Ônibus espaciais e até o telescópio Hubble já sofreram reparos por conta do problema.
Em 2009, o satélite russo Cosmos-2251, lançado em 1993 e, na época, desativado, colidiu com o satélite de comunicações americano Iridium 33. Foi a primeira maior colisão de satélites artificiais na órbita terrestre. Vários detritos foram gerados pelo choque, que destruiu o satélite russo.
No caso mais recente, em junho deste ano, seis astronautas foram obrigados a abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em razão de um alerta de colisão com entulhos.
O pior cenário é a chamada Síndrome de Kessler. Segundo o consultor da Nasa, Donald J. Kessler, a colisão de detritos poderia causar uma reação em cadeia – uma peça fragmentando a outra em pedaços menores –, formando um cinturão de lixo que inviabilizaria a exploração espacial.
Hoje não existe nenhuma tecnologia que permita a “limpeza” do espaço. Os custos de uma operação de remoção dos materiais são muito altos. Além disso, há questões políticas, envolvendo propriedade e a responsabilidade de governos e empresas que colocam os aparelhos em órbita.
Em 2007, os chineses desenvolveram um satélite que destruiria outros, desativados, mas a experiência foi um fracasso: um deles se desintegrou em dois mil pedaços, agravando o problema.
Recentemente, cientistas propuseram o lançamento de um satélite que acoplaria motores propulsores aos resíduos para que eles fossem levados até a atmosfera, onde se desintegrariam. Outras propostas incluem redes metálicas gigantes, canhões lasers e fios condutores de cobre inseridos em satélites para que pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.
Mas talvez a maneira mais simples seja a programação para que os dispositivos, uma vez obsoletos, sigam as chamadas “órbitas-cemitérios”, permanecendo à deriva num espaço seguro, longe do planeta.
O Brasil, que possui satélites de comunicações e científicos em órbita, também tem sua parcela de responsabilidade pelo lixo espacial.
Em 24 de setembro, restos do UARS (Satélite de Pesquisa de Alta Atmosfera, na sigla em inglês) caíram sobre o Oceano Pacífico. O satélite foi lançado em 1991 e “aposentado” em 2005, após ficar sem combustível. Ele tinha o tamanho de um ônibus e pesava seis toneladas, sendo o maior a retornar à Terra em três décadas. |
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
ESCALA CARTOGRÁFICA
Escala cartográfica
Como interpretar reduções em mapas
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma representação gráfica ou de uma representação numérica.
Escala gráfica
A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, e a distância real de um território. Observe:
De acordo com este exemplo cada segmento de 1cm é equivalente a 3 km no terreno, 2 cm a 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distância no mapa, entre duas localidades seja de 3,5 cm, a distância real entre elas será de 3,5 X 3, ou 10,5 km (dez quilômetros e meio). A escala gráfica apresenta a vantagem de estabelecer direta e visualmente a relação de proporção existente entre as distâncias do mapa e do território.
Escala numérica
A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática, normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de vezes em que o espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da superfície que ele representa.
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1 e indica o valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade variável e indica o valor em cm correspondente no território. No caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa 300 000 cm no terreno, ou 3 km. Trata-se portanto da representação numérica da mesma escala gráfica apresentada anteriormente.
Caso o mapa seja confeccionado na escala 1 300, cada 1cm no mapa representa 300 cm ou 3 m. Para fazer estas transformações é necessário aplicar a escala métrica decimal:
ou
Aplicação da escala
A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é:
As questões que envolvem o uso da escala estão geralmente relacionadas a três situações:
1. Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), num mapa de escala (E) 1: 300 000.
2. Calcular a distância no mapa (d) de escala (E) 1: 300 000 entre dois pontos situados a 15 km de distância (D) um do outro.
3. Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no mapa (d) de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km.
Grande e pequena escala
Para a elaboração de mapas de superfícies muito extensas é necessário que sejam utilizadas escalas que reduzam muito os elementos representados. Esses mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto, quanto maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua elaboração e menor será a escala.
As escalas grandes são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem ser utilizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cidade. De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.
A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de informação que se pretende destacar. Numa pequena escala o mais importante é representar as estruturas básicas dos elementos representados e não a exatidão de seu posicionamento ou os detalhes que apresentam. Aliás, o detalhamento neste tipo de mapa compromete a sua qualidade e dificulta a sua leitura. Numa grande escala, como plantas de uma casa ou de uma cidade, existe uma maior preocupação com os detalhes, mas assim mesmo as informações devem ser selecionadas para atender apenas o objetivo pelo qual foram elaboradas.