segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Direita agradece essas presepadas.


Fui estudante na época em que lutávamos por democracia. Tive a felicidade de fazer política estudantil com figuras especiais: Julio Borba, Klausmar Siegel, Elvis Poletto, Gilberto Sá, Giovane Rossi Neto, João Fert e tantos outros. Naquela época o movimento exigia pulso forte. Fui presidente do DA das Ciências Sociais e fundador do DCE da UNIPLAC/SC. Não é fácil ser pobre e fazer política abaixo de zero. Filho de um operário da construção civil e de uma dona de casa. A vida era difícil, tinha que trabalhar e estudar. Não tinha almoço e “janta” na escola como tem hoje. E, eram nessas condições precárias que nas madrugadas ajudava as oposições sindicais, panfletando em portas de fábricas, sofria com o frio, mas era necessária a luta. Mas em momento algum nós estudantes, tomávamos o lugar Movimento Operário. Jamais!
Foi um equívoco gravíssimo do CONCLAT à aprovação de cota para estudantes dentro da nova central.
Creio que essa decisão absurda foi e com razão, o grande fundo de discórdia do Congresso. Esse era o momento de dizer: Camaradas, assim não! Ali era o momento da retirada do congresso. Pois, nesse momento ele deixou de ser um congresso de trabalhadores. O propósito tinha chegado ao fim. Outro motivo que poderia convencer os camaradas proponentes desse absurdo seria questionar com que legitimidade os estudantes entrariam na Nova Central? Alguém poderia explicar-me?
Lugar de estudante é nas escolas, nas ruas, acompanhando os movimentos da política estudantil e aí sim, definindo políticas. Nunca dirigindo o Movimento Operário. Como dizia o velho Lênin: Toda instituição tem sua estrutura natural e inevitavelmente determinada pelo conteúdo de sua ação.
Voltamos à estaca zero!

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