Caros Companheiros
Pedro Ayres
Jornalista
Um dos mais antigos artifícios usados por quem defende conceitos direitistas tem sido a mais dura e severa crítica à esquerda e às organizações políticas progressistas. Foi e é o caso de alguns acadêmicos. O truque é simular um radicalismo que não existe, pois, quase sempre são pessoas avessas ao contato com a prática política de massa, embora seja a partir do povo que surge a raíz de qualquer ação e proposta política. Em 'Crítica de la filosofía del derecho de Hegel', Marx escreve: "La teoría se convierte en fuerza material desde que penetra en las masas. La teoría es capaz de penetrar en las masas desde que hace demostraciones ad hominem y hace demostraciones ad hominem desde que se convierte en radical. Ser radical es tomar las cosas de raíz. Y la raíz del hombre es el hombre mismo."
O bom do truque, principalmente quando se escuda em frases descontextualizadas ou abertas e de livres interpretações teóricas, é que fraciona e enfraquece o que poderia significar processos de acúmulos de forças, tornando mais frágeis as forças que dizem querer mais forte. O ilusionismo começa com o simplificação crítica a respeito das eleições em sistema capitalistas. É evidente que as eleições em democracias representativas capitalistas pouco têm de revolucionárias, mesmo quando ganham esses epítetos. No entanto, quando esses processos eleitorais se realizam após lutas populares como o Caracazo(Venezuela) e as que aconteceram no Equador e na Bolívia, é possível que a quantidade de força obtida possa se transformar em qualidade e aí determinar um novo estágio para a luta política.
Nós jovens temos que estar muito atentos ao processo eleitoral.
ResponderExcluirLer os bons blogs políticos, ver os programas eleitorais e debater a história política do nosso Brasil, especialmente dos últimos trinta anos.Gosto muito do Hugo Chavez e de outros governantes da América Latina como o Evo Morales e a Presidenta Cristina , da Argentina.
Também não podemos deixar de nos interessar pela grande crise mundial que leva o mundo ao desemprego em massa e à grande insegurança quanto ao futuro.
Magda Helena
Um texto bom para quem gosta de debater assuntos políticos e se informar sobre os lances atuais da campanha eleitoral que começa logo depois da COPA:
ResponderExcluirVocê pode decidir sozinho em
quem vai votar para Presidente
Parece incrível, mas 25 anos depois da campanha das “diretas-já” e de 20 anos de eleições diretas para Presidente, estamos ameaçados de
não poder decidir sozinhos quem queremos ver na Presidência da República.A eleição virou um festival de ações judiciais, advogados,
multas, ameaças de cassações, como se decidir o futuro do Brasil dependesse de quem pode mais junto à Justiça Eleitoral. O Brasil é um
democracia ou uma juizocracia?
Na democracia, a decisão é do povo. De ninguém mais, por mais sábio que seja.
Ninguém está atacando a Justiça. Ao contrário, queremos que ela faça a eleição ser limpa, justa e a vontade do povo seja soberana.
Mas não é possível que um possa tudo e os outros fiquem mudos. O Presidente não pode pedir votos, nem pressionar servidor, não pode usar, no palácio, broche, camiseta ou boné de candidato, muito menos botar dinheiro público nas campanhas. Mas não pode ser proibido de falar quem é seu candidato ou sua candidata.
Afinal, com a reeleição, um Prefeito, um Governador e o próprio Presidente não podem ser candidatos, pessoalmente? Se a lei não exige mais que ele deixe o cargo, o que influi muito mais, podem proibi-lo de falar? Ou não querem é que o povo saiba quem ele apóia? Afinal, dize-me com quem andas e te direi quem és, não é?
Nos programas dos partidos, todo mundo sabe que eles promovem os que serão seus candidatos. Falam bem deles, dizem que vão fazer e acontecer. Sempre foi assim, com todos os partidos. Mas, de repente, um partido e uma pessoa não podem e são multadas pela Justiça e outra vai a diversos programas, de outros partidos, o que é proibido por lei, e não acontece nada?
O povo brasileiro lutou muito para voltar a ter eleições diretas e escolher seu presidente ou presidenta. Pode escolher bem, ou escolher mal, mas tem que ser livre para escolher. Não pode depender que a interpretação subjetiva de ninguém, mesmo dos juízes eleitorais,imponha a cassação sumária de pré-candidaturas.
Não se iluda, quando você vir um jornal ou uma televisão dizendo que fulano ou fulana pode ter sua candidatura cassada. Claro que não estamos falando de quem está sendo processado há anos – e você sabe que estes processos se arrastam – por irregularidades
eleitorais. Estamos falando de cassações de uma “penada” só, de
forma sumária, como se fazia com o AI-5, na ditadura.
Eleição não se decide no tapetão da Justiça.
Eleição se ganha é no voto.
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Um abraço
Aline Nogueira