quarta-feira, 13 de junho de 2012

É a Gota D' Água +10 \Drop of Water + 10

COMISSÃO DA VERDADE


Comissão da Verdade

Grupo investigará crimes da ditadura

José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
A presidente Dilma Rousseff (PT) assinou no último dia 16 o decreto que instala a Comissão da Verdade. O órgão examinará violações dos direitos humanos ocorridas durante o período da ditadura militar no Brasil. O Brasil é o último país da América Latina a criar esse mecanismo de justiça.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

O grupo é formado por sete integrantes que terão um prazo de dois anos para investigar os casos. Ao final, eles elaborarão um relatório que apontará as circunstâncias e os responsáveis por torturas, mortes e desaparecimentos de presos políticos no país.

Apesar disso, a Comissão da Verdade não tem caráter punitivo, uma vez que a Lei da Anistia, de 1979, impede que os acusados sejam julgados por crimes cometidos na época. Em abril de 2010, o Supremo Tribunal Federaldecidiu que a lei não pode ser alterada para que militares suspeitos de tortura ou integrantes da luta armada (acusados de atos terroristas) sejam processados.

Os trabalhos abrangem o período de 1946 a 1988. Esse intervalo inclui o fim do Estado Novo e a eleição de Eurico Gaspar Dutra, em 1946, que deu início a uma repressão contra movimentos sociais; e a ditadura militar, iniciada com o Golpe de 1964 e encerrada com a eleição de Tancredo Neves (1985) e a publicação da Constituição de 1988.

Na cerimônia de posse, a presidente se emocionou e negou o “revanchismo”. Ela se referia ao fato de que políticos de esquerda, perseguidos durante o regime militar, governam o país desde a eleição do petista Luís Inácio Lula da Silva.

Em 2009, Lula sancionou o Programa Nacional dos Direitos Humanos, que previa a instalação da Comissão da Verdade. A própria Dilma é ex-presa política e ex-militante do grupo radical de esquerda VAR-Palmares, cujos integrantes participaram da luta armada contra os governos militares. A comissão é vinculada à Secretaria dos Direitos Humanos.
 

Desaparecidos

O foco dos trabalhos serão os desaparecidos políticos. De acordo com o dossiê Direito à Memória e à Verdade, publicado em 2007, há 150 casos de desaparecidos políticos no país. São opositores da ditadura que foram presos ou sequestrados por agentes do Estado, nos anos 1970 e 1980, e que desapareceram sem deixar qualquer registro de suas prisões.

Há casos famosos como o do deputado Rubens Paiva, pai do escritor Marcelo Rubens Paiva. Ele foi preso em sua casa, no Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1971. O corpo do político nunca foi encontrado pela família.

O relatório final da Comissão será encaminhado a autoridades para que, com base nas informações obtidas, seja possível localizar e identificar os corpos. Para isso, integrantes do órgão terão acesso a arquivos oficiais e poderão convocar para depor – ainda que não em caráter obrigatório – pessoas envolvidas nos episódios examinados.
 

Pressão

A Comissão da Verdade foi aprovada no Congresso e instaurada pelo governo, em parte, por causa da pressão internacional.

Em 2010 o país foi condenado na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) pelo desaparecimento de 62 presos políticos na Guerra do Araguaia (1972-1974). A ação foi movida por parentes das vítimas.

Houve também pressão doméstica. Nos últimos anos, familiares de mortos e desaparecidos políticos conseguiram direitos a reconhecimento das mortes pelo Estado e a indenizações. Mas eles querem saber a situação em que os parentes foram mortos e onde estão os restos mortais. Militares que participaram das operações nunca divulgaram o local em que os corpos foram enterrados.

O debate a respeito da comissão foi marcado pela polêmica. Familiares e ativistas acreditam que a medida será inócua, pelo fato de não poder punir os responsáveis por crimes. Já militares temiam a reabertura de casos e acreditam que os trabalhos serão tendenciosos, em razão da simpatia ideológica dos integrantes da Comissão, em sua maioria, de esquerda. O prazo curto de análise, de dois anos, também é criticado por especialistas.
 

Julgamentos

Na América Latina, oficiais das Forças Armadas e até ex-presidentes foram julgados, condenados e presos pelo desaparecimento de opositores do governo após os trabalhos das Comissões de Verdade, estabelecidas nos anos 1990.

Diferentemente do Brasil, em países como Argentina, Chile, Peru e Uruguai as leis de anistia não impediram a realização de julgamentos. Isso aconteceu porque as leis foram revogadas ou porque os crimes de desaparecimento foram interpretados como crimes “em continuidade”, não contemplados pelas anistias.

Na Argentina duas leis de anistia foram anuladas em 2003. No Chile, a nova interpretação da Suprema Corte, em 2004, fez com que mais de 500 pessoas fossem levadas ao tribunal.

A primeira Comissão da Verdade foi instaurada em Uganda, em 1974, durante a ditadura de Idi Amin. Até 2010, de acordo com a cartilha “A Comissão da Verdade no Brasil”, havia 39 comissões em atividade no mundo.
 
Direto ao ponto volta ao topo
A presidente Dilma Rousseff (PT) assinou em 16 de maio o decreto que instala a Comissão da Verdade, órgão que vai apurar violações dos direitos humanos durante a ditadura militar. O Brasil é o último país da América Latina a criar esse mecanismo de justiça.

O objetivo da comissão é analisar as circunstâncias da tortura, morte e desaparecimento de presos políticos no Brasil no período de 1946 a 1988. O relatório final, elaborado no prazo de dois anos de trabalhos, deve apontar o nome dos responsáveis pelos crimes. Apesar disso, ninguém será julgado em razão da Lei da Anistia.

O foco das investigações serão os desaparecidos políticos durante o regime militar. De acordo com dados do dossiê Direito à Memória e à Verdade, publicado em 2007, há 150 casos de desaparecidos políticos no país.

A primeira Comissão da Verdade foi instaurada em Uganda, em 1974. Até 2010 havia 39 comissões em atividade no mundo.

BRICS


10 anos de Brics
A força dos emergentes
Há dez anos o economista inglês Jim O’Neill cunhou o acrônimo Bric para se referir a quatro países de economias em desenvolvimento – Brasil,RússiaÍndia e China – que desempenhariam, nos próximos anos, um papel central na geopolítica e nos negócios internacionais.

O acrônimo ganhou uso corrente entre economistas e se tornou um dos maiores símbolos da nova economia globalizada. Neste quadro, os países emergentes ganharam maior projeção política e econômica, desafiando a hegemonia do grupo de nações industrializadas, o G7 (formado por 
Estados UnidosCanadáReino UnidoFrançaAlemanhaItália e Japão).

Desde 2009, os líderes dos países membros do Bric realizam conferências anuais. Em abril do ano passado, a 
África do Sul foi admitida no grupo, adicionando-se um “s” ao acrônimo, que passou a ser Brics.

No grupo estão 42% da população e 30% do território mundiais. Nos últimos dez anos, os países do Bric apresentaram crescimento além da média mundial. Estima-se que, em 2015, o 
PIB (Produto Interno Bruto) do Brics corresponda a 22% do PIB mundial; e que, em 2027, ultrapasse as economias do G7.

A China é o “gigante” do grupo. A abertura da economia chinesa, mediante um conjunto de reformas, tornou o país a segunda maior economia do planeta, atrás somente dos Estados Unidos e ultrapassando Japão e países da Europa.

A economia chinesa é maior do que a soma de todas as outras quatro que compõem o grupo. O PIB chinês, em 2010, foi de US$ 5,8 trilhões, superior aos US$ 5,5 da soma de todas as outras – Brasil (US$ 2 trilhões), Rússia (US$ 1,5), Índia (US$ 1,6) e África do Sul (US$ 364 bilhões).

Mas os chineses enfrentam hoje desafios em áreas como meio ambiente e política, alvos da pressão internacional.
 
Brasil
A inclusão do Brasil no Brics trouxe uma projeção internacional positiva, que dificilmente seria alcançada de outro modo e em um curto período. Como resultado, o país tem hoje representação nas principais cúpulas internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e o G20.

O Brasil entrou no grupo em razão do crescimento econômico, ocorrido principalmente a partir de 2005. Esse crescimento foi possível por causa do controle da inflação, com a implantação do Plano Real, em 1994, e o aumento das exportações para países como China, principal parceiro comercial, a partir de 2001.

Com a estabilidade econômica, veio a confiança do mercado e o aumento do crédito para empresas e consumidores. O setor privado contratou mais gente, gerando mais empregos, e houve aumento de salários, fazendo que, entre 2005 e 2006, 30 milhões de brasileiros migrassem das classes D e E para a C, a classe média. Contribuíam também, para isso, programas sociais como o Bolsa Família. Assim, mais pessoas passaram a consumir, aquecendo o mercado de varejo.
 
Desigualdade
Os programas do governo Lula também tiveram reflexos no âmbito da justiça social. Na última década e meia, o país foi o único entre os Brics a reduzir a desigualdade, de acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Porém, mesmo assim, a distância entre ricos e pobres no Brasil ainda é a maior entre os países emergentes.

A desigualdade é medida pelo índice Gini, que caiu de 0,61 para 0,55 entre 1993 e 2008 (quanto menor o valor, melhor o índice). Nos demais países do Brics, houve aumento. Mesmo assim, o Gini do Brasil é o maior entre eles e o dobro da média dos países ricos: no Brasil, 10% dos mais ricos ganham 50 vezes mais do que os 10% mais pobres.

Outro desafio para o país é fazer ajustes na política econômica. A divulgação do resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano, que registrou uma variação zero em relação ao trimestre anterior, apontou a desaceleração da economia. Para sair da estagnação, o governo terá que fazer reformas, inclusive no sistema de tributação, para estimular o investimento por parte do setor privado.
 

HIDROGRAFIA


Hidrografia

As principais bacias hidrográficas do Brasil

Claudio Mendonça*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Num mundo em que a escassez de água será problema cada vez mais grave, o Brasil é um país privilegiado, por concentrar cerca de 12% das águas do planeta. Apesar disso, o Brasil acumula vários problemas pelo mal aproveitamento e pela execução de grandes usinas hidrelétricas, pela ocupação dos mananciais e pela poluição. Os rios de grandes cidades e os que atravessam importantes áreas agrícolas recebem os dejetos orgânicos e químicos (agrotóxicos) sem tratamento prévio. Poluição e morte têm sido o destino de importantes rios e poucas ações foram colocadas em prática para reverter este processo.
O Brasil possui, também, um dos mais elevados potenciais (capacidade) de geração de energia elétrica a partir da água. No entanto, metade deste potencial está situada na Amazônia distante dos grandes centros de consumo. As águas estão distribuídas irregularmente no território brasileiro e, próximo aos grandes centros econômicos e aglomerados populacionais, esse potencial está aproveitado praticamente em seu limite. Observe o quadro:
REGIÕES
DISPONIBILIDADE DE
RECURSOS HÍDRICOS (%)
POPULAÇÃO (%)
Norte
70%
7,6%
Centro-Oeste
15%
6,8%
Sudeste
6%
42,7%
Sul
6%
14,8%
Nordeste
3%
28,1%
Fonte: IBGE (censo 2000) 
ANA (Agência Nacional das Águas - 2004)
Quatro bacias hidrográficas principais cobrem mais de 80% da superfície do território brasileiro: AmazônicaTocantinsPlatina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e São Francisco.
Clique no mapa abaixo para ter mais informações sobre cada uma dessas bacias
.


*Claudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor de Geografia Geral e do Brasil (Ensino Médio) e Território e Sociedade no Mundo Globalizado(Ensino Médio)

domingo, 10 de junho de 2012

Veja como votarei nas eleições do SEPE.

Importante: Os filiados votarão duas vezes. Para direção local e para o direção estadual(Sepe Central). Portanto, serão duas cédulas. Vote CHAPA 4 nas duas cédulas.
Pletsch

Estes são membros da chapa 4 para o Sepe Central.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O PLETSCH E O PRESTES.


O PLETSCH E O PRESTES
Era inicio de uma tarde de sexta na minha Lages. Meado dos anos 80. Estava no trabalho, toca o telefone, era o companheiro Clausmar Siegel, dizendo que  o Comandante Luiz Carlos Prestes estaria em Blumenau na FURB, às 19 horas para uma palestra. Fiquei louco. Pobre e sem grana, disse que daria a resposta em meia hora. O buzão da Rex ou Reunidas para Blumenau sairia às 15h30min. E “largava o trampo” às 18 horas. Fui até o patrão, implorei pra sair cedo e ainda  pedi uma “vale”, 50 paus.  Putzzzz era muita grana. Mas queria muito vê-lo.
Chegamos à Furb, lá pelas 18 horas. Deu 19 horas, 19 e trinta, 19 e trinta e um, 20 horas e nada do Comandante chegar. Entrei em desespero. Não ver o Prestes e ainda ter que pagar o “vale” de 50 paus.  Meu desespero foi tão grande, que comecei a andar pela Furb e ler todos os cartazes e placas. Precisava valer alguma coisa ter ido a Blumenau.
Derrepente, andando num dos corredores, isso já era 20h30min. Vejo um grupo de pessoas vindo em minha direção e eu indo em direção a elas. Quem estava vindo? Ele, o Cavaleiro da Esperança. (Com Maria Ribeiro e não Olga é claro) Ou seja, o Pletsch ia, e o Prestes vinha. Passa por mim, e cumprimenta-me, com a cabeça. Fiquei gelado. Não sabia o que fazer. Pensei: Ele está indo para o anfiteatro e é lá que eu deveria estar. Segui o Prestes... Entramos juntos(entendam, eu no meio dos aliados e seguranças). Fotos pra todo lado. (Tenho convicção que um dia vou ver uma foto minha com o Prestes).
Primeira frase dita pelo Prestes na sua palestra: um comunista nunca se atrasa. Aí justificou o motivo do atraso. Era tal de “falta de teto” no aeroporto do Rio.
Ouvi a palestra ao lado do companheiro Clausmar Siegel.
Essa história, contei aos meus alunos. A escola é “muito conceituada” e religiosa. Dei detalhes, tanta era a emoção de contar.
Na semana seguinte, voltei à escola e a vice-diretora – leiga nos dois sentidos - me chama e pergunta se era verdade o que eu tinha dito aos alunos “esta estória”.  Falei que sim!
Ela disse-me: Pletsch, como você conheceu Luiz Carlos Prestes se ele morreu na Segunda Guerra Mundial?
Fiquei triste! Não por ela! Pelos alunos!


terça-feira, 1 de maio de 2012

DIA DO TRABALHADOR(A)

Minha homenagem ao todos e todas os(as) trabalhadores e trabalhadoras que lutam por melhores salários e condições dignas de trabalho. Minha homenagem a vocês que foram pra rua contra os governos e patrões. Você que lutou para não fechar escolas. Que fez greve. Você que acredita que nem tudo cai do céu. Que luta por saúde, educação, segurança. Você que acredita que só a luta traz vitorias. Parabéns! Pletsch.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Tragédia na Antártida

Base tem importância científica e política para o Brasil
José Renato Salatiel*

Dois militares brasileiros morreram em um incêndio ocorrido na madrugada de 25 de fevereiro que destruiu 70% da Estação Antártica Comandante Ferraz, base científica administrada pela Marinha. A estação funcionava há 28 anos como polo de pesquisa e posto avançado que marca a presença do país no continente gelado.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

Era como uma pequena cidade, construída numa área de 2,6 mil metros quadrados e com capacidade para abrigar até 100 pessoas. Atualmente, 59 cientistas, militares e civis, trabalhavam no local, onde são realizadas pesquisas importantes sobre biodiversidade marinha e mudanças climáticas.

Havia laboratórios, dormitórios, cozinha, biblioteca, enfermaria, sala de lazer e esportes, oficinas e instalações técnicas. O incêndio começou na praça de máquinas, onde ficam os geradores de energia, e se espalhou rapidamente pela estação.

O sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo morreram enquanto tentavam combater o incêndio. Outro militar ficou ferido sem gravidade. Os demais ocupantes foram transferidos para a base chilena Eduardo Frei.

A pesquisa científica na Antártida é necessária, mas sempre envolve riscos. O que poucas pessoas sabem é que um dos maiores perigos nas estações é o de incêndios.

O continente antártico possui a maior reserva de água doce do mundo, mas em estado sólido (neve e gelo), dificultando o combate ao fogo. Além disso, o clima no local é seco e com ventos de até 100 km/h, o que favorece a propagação das chamas.

Com a destruição das instalações, boa parte do material e equipamentos de pesquisas foi perdida. "O grau exato do que aconteceu ainda precisa ser objeto de perícia, mas a avaliação é de que realmente perdeu-se praticamente tudo", disse o ministro da Defesa, Celso Amorim. Segundo ele, a reconstrução deve levar dois anos.


Deserto de gelo
A Antártida (ou Antártica) é um dos menores continentes do mundo, com 14 milhões de quilômetros quadrados de superfície. A despeito disso, possui extensão superior a países como Brasil, China e Estados Unidos.

Localizado no Pólo Sul, o continente antártico é um imenso deserto de gelo, com exceção de algumas regiões montanhosas. É também o continente mais frio, seco e com as maiores altitudes e maior incidência de ventos no planeta.

Na Antártida foi registrada a temperatura mais baixa do mundo: -89,2 °C. Em média, a temperatura anual na costa é de -10 °C, e no interior, -40 °C. Os dias e as noites duram meses no verão e no inverno.

Em razão dessas condições adversas, não há habitantes. Apenas grupos de pesquisadores e militares ocupam bases polares, cuja população oscila entre mil no inverno a quatro mil no verão.


Tratado internacional
O incidente na estação Comandante Ferraz tem consequências científicas e políticas para o Brasil.

Os trabalhos dos cientistas na Antártida ajudam a entender os impactos ambientais da poluição provocada pelo homem no clima da Terra e na fauna marinha. Tudo o que acontece na Antártida tem reflexos no resto do planeta, e vice-versa. Foi naquele continente que surgiram descobertas importantes como o efeito estufa, o aumento da temperatura global e a elevação do nível dos oceanos.

Se, por um lado, a realização de pesquisas não depende da base que foi destruída – pois também são feitas em navios oceanográficos de apoio e acampamentos –, a estação, contudo, é vital para abrigar os cientistas durante o inverno antártico.

A presença brasileira na Antártida, garantida pela estação, é ainda essencial por questões políticas. O continente não tem dono e nenhum governo. Como não possui nativos e há divergências sobre quem o descobriu, vários países reivindicavam a posse, entre eles a Argentina, o Chile, a França e o Reino Unido.

Para resolver isso foi criado o Tratado da Antártida. O documento foi assinado em 1o de dezembro de 1959 por 12 países, incluindo as duas superpotências da época, os Estados Unidos e a ex-URSS. Por meio dele, as nações se comprometeram a suspender as reivindicações de posse para permitir a exploração científica e proibir qualquer tipo de operação militar no território.

Atualmente, cerca de 20 países possuem bases na Antártida, entre elas a brasileira, instalada em fevereiro de 1984. A manutenção do posto, desse modo, atende aos interesses do Brasil no continente e as diretrizes da comunidade internacional de conservação da neutralidade política, preservação ambiental e estímulo à cooperação científica.

sábado, 31 de março de 2012

Golpe militar de 1964...


Elites e militares derrubaram o governo de Jango
Alexandre Bigeli*
Da Redação, em São Paulo

O general e presidente Figueiredo (à esq.) e Médici
No começo da década de 60, o país atravessava uma profunda agitação política. Depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, assumiu seu vice, João Goulart (Jango), um homem de convicções esquerdistas para a então política brasileira.

Faziam parte de seus planos as reformas de base, que pretendiam reduzir as desigualdades sociais brasileiras. Entre estas, estavam as reformas bancária, eleitoral, universitária e agrária.

O perfil de Jango logo preocupou as elites, que temiam uma alteração social que ameaçasse seu poder econômico. Por isso, uma série de decisões foram tomadas para enfraquecer o presidente. A mais famosa foi a adoção do parlamentarismo, que, em 1961 e 1962, atribuiu funções do presidente ao Congresso, então dominado por representantes das elites. O regime presidencialista foi restabelecido em 1963 após um plebiscito.

A crise econômica e a instabilidade política se propagavam no país. Jango propôs as reformas constitucionais que aceleraram a reação das elites, criando as condições para o golpe de 64. Com as reformas, Jango pretendia controlar a remessa de dinheiro para o exterior, dar canais de comunicação aos estudantes e permitir que os analfabetos, maioria da população, votassem.

O estopim do golpe militar aconteceu em março de 1964, quando Jango, após um discurso inflamado no Rio de Janeiro, determinou a reforma agrária e a nacionalização das refinarias estrangeiras de petróleo.

Imediatamente, a elite reagiu: o clero conservador, a imprensa, o empresariado e a direita em geral organizaram, em São Paulo, a "Marcha da Família Com Deus pela Liberdade", que reuniu cerca de 500 mil pessoas. O repúdio a qualquer tentativa de ultraje à Constituição Brasileira e à defesa dos principios, garantias e prerrogativas democráticas constituíram a tônica de todos os discursos e mensagens.

Apesar da manifestação, em 31 de março os militares iniciam a tomada do poder. No dia 2 de abril, o presidente João Goulart partiu de Brasília para Porto Alegre e Ranieri Mazilli assumiu a presidência interinamente. Dois dias depois, João Goulart se exilou no Uruguai.

Em 9 de abril, foi editado o AI-1 (Ato Institucional número 1), que depôs o presidente e iniciou as cassações dos mandatos políticos. No mesmo mês, o marechal Castello Branco foi empossado presidente com um mandato até 24 de janeiro de 1967.

quarta-feira, 28 de março de 2012

INDIA - Música

INDIA

Clicando no link vc ouve a música.


India, bella mezcla de diosa y pantera,
doncella desnuda que habita el Guairá.
Arisco remanso curvó sus caderas
copiando un recodo de azul Paraná.


De su tribu la flor,
montaraz guajaki,
Eva arisca de amor
del edén Guarani.


Bravea en las sienes su orgullo de plumas,
su lengua es salvaje panal de eirusu.
Collar de colmillos de tigres y pumas
enjoya a la musa de Yvytyrusu.


La silvestre mujer
que la selva es su hogar
también sabe querer
también sabe soñar.

O FMI dos pobres

Banco de Desenvolvimento dos BRIC’s


Governos discutem a formação de um Banco para os países pobres que deve funcionar como o Fundo Monetário Internacional

28 de março de 2012

A reunião chamada de Quarta Cúpula dos BRICs quer estabelecer a criação de um Banco de Desenvolvimento para “os países pobres e emergentes”.

Estão participando da reunião, os líderes dos cinco países do bloco chamado pela imprensa capitalista de BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul). Entre eles, o premiê indiano, Manmohan Singh, os presidentes Dmitri Medvedev, da Rússia, Hu Jintao, da China, e Jacob Zuma, da África do Sul, além claro, da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

A proposta de formação do “FMI dos pobres” está sendo apresentada como um verdadeiro conto de fadas. A ideia prevê a criação de um banco de desenvolvimento do bloco que seja voltado a investir em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países pobres e “emergentes”.

Os governos envolvidos pretendem que esse banco seja alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Para um pesquisador brasileiro, Fabiano Mielniczuk, "a criação do Banco de Desenvolvimento dos BRICs deve virar realidade em cerca de três anos. A intenção é ter dinheiro para investir nos próprios países do grupo e em outros países em desenvolvimento... até o momento, estes países foram forçados a se submeter a políticas de condicionalidade, tendo de cumprir exigências feitas pelo Banco Mundial ou o FMI em troca de empréstimos. Isso não aconteceria com o banco dos BRICs".

Parece lindo... na teoria. Mas trata-se de um banco. Em contrapartida, este “FMI” dos pobres estabelecerá compromissos com os governos dos países para que os empréstimos sejam pagos o que vai resultar em mais aperto fiscal e orçamentário para estes países. Isto significa na prática, mais arrocho para trabalhadores e redução de gastos públicos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Pra além do capitalismo

O FAMIGERADO SAERJ - VASSOURAS

AVALIAÇÃO EXTERNA – SAERJ
LÍNGUA PORTUGUESA
Média do Estado do RJ – 264,62 Média de Vassouras – 287,05
Nota por Escola
CAIC 264,62
CE Antônio Jesus Gomes 258,18
CE Centenário 296,23
CE Ministro Raul Fernandes 280,32
CE Santa Rita 309,31
IE Thiago Costa 287,01
MATEMÁTICA
Média do Estado do RJ – 269,24 Média de Vassouras – 294,00
Nota por Escola
CAIC 280,82
CE Antônio Jesus Gomes 276,43
CE Centenário 297,12
CE Ministro Raul Fernandes 297,37
CE Santa Rita 313,27
IE Thiago Costa 285,75

O SAERJ faz parte de um famigerado plano de metas do Sérgio Cabral(PMDB). Ele estabelece a meritocracia, às gratificações por produtividade, à competição e avaliação externa.
Esse governo neoliberal trabalha com a seguinte lógica: Escola é fábrica; Aluno é mercadoria e Ensino é um negócio.
Daí, FUNDAMENTAL combater o SAERJ!

OBS.: FECHARAM O CE SANTA RITA.